sábado, 30 de agosto de 2008

Identidades vazias

FOLHA DE SÃO PAULO, 07 de janeiro de 2007

+ Autores
Identidades vazias
Eleger a internet como exemplo democrático é esconder diferenças sociais,
institucionais e psicológicas entre as vidas "real" e "virtual"
Reprodução
Personagens do game on-line "Second
Life" passeiam por uma rua

SLAVOJ ZIZEK

COLUNISTA DA FOLHA

Na edição de 25 de dezembro da revista "Time", o prêmio tradicional de "Pessoa do Ano" não
foi concedido a Mahmoud Ahmadinejad [presidente do Irã], Kim Jong-Il [ditador norte-coreano],
Hugo Chávez [presidente venezuelano] ou qualquer outro membro da gangue dos usuais
suspeitos, mas a "você": a todos e a cada um de nós... usuários e criadores de conteúdo na
web. A capa mostra um teclado branco com um espelho para uma tela de computador onde
cada um de nós, leitores, pode ver seu reflexo. Para justificar a escolha, os editores
mencionaram a transição das instituições para os indivíduos, que estão ressurgindo como
cidadãos da nova democracia digital.
Há coisas que os olhos não conseguem ver, nessa escolha, e em um sentido mais amplo do
que o comum nessa expressão. Se algum dia já houve uma escolha ideológica, esse é um
caso que merece perfeitamente a classificação: a mensagem -uma nova democracia
cibernética na qual milhões podem se comunicar e organizar diretamente, contornando o
controle estatal centralizado- encobre uma série de brechas e tensões perturbadoras.
A primeira e mais evidente das ironias é que cada pessoa que olhe a capa da "Time" não verá
as demais pessoas com quem supostamente se relaciona diretamente, e sim um reflexo de sua
própria imagem. Não admira que Leibniz [1646-1716] seja uma das referências filosóficas
preferenciais dos teóricos do ciberespaço: afinal, a imersão das pessoas no ciberespaço não
se enquadra perfeitamente à nossa redução a uma mônada leibniziana que, embora "sem
janelas" capazes de se abrir diretamente para as realidades externas, espelha em si mesma
todo o universo?
Será que o típico internauta atual, sentado sozinho diante da tela de seu computador, não
representa mais e mais uma mônada sem janelas diretas para a realidade, envolvido apenas
com simulacros virtuais, e no entanto mais e mais imerso na rede mundial, e se comunicando
de maneira sincrônica com todo o planeta?
Uma das mais recentes modas entre os radicais do sexo são as maratonas de masturbação,
eventos coletivos nos quais centenas de homens e mulheres se autopropiciam satisfação
sexual para fins de caridade. A masturbação cria uma coletividade a partir de indivíduos
dispostos a compartilhar uns com os outros... o quê?
O solipsismo de uma diversão estúpida. Seria possível propor que as maratonas de
masturbação são a forma de sexualidade que se enquadra de maneira mais perfeita às
coordenadas do ciberespaço.
Mas isso é apenas uma parte da história. O que se torna preciso acrescentar é que o "você"
que se reconhece enquanto imagem em uma tela padece de uma profunda divisão: eu jamais
me limito a ser a persona que assumo na máquina. Primeiro, existe o (bastante evidente)
excesso do eu como pessoa corpórea "real" além da persona virtual.
Ética virtual
Os marxistas e outros pensadores de inclinações críticas gostam de apontar para o fato de que
a igualdade do ciberespaço é enganosa -ela ignora todas as complexas disposições materiais
(meu patrimônio, minha posição social, meu poder ou falta dele etc.). A inércia da vida real
desaparece magicamente na navegação pelo ciberespaço, desprovida de fricção.
No mercado atual, encontramos toda uma série de produtos privados de suas propriedades
malignas: café sem cafeína, creme sem gordura, cerveja sem álcool... ciberespaço. A realidade
virtual simplesmente generaliza esse procedimento: cria uma realidade privada de substância.
Da mesma maneira que o café descafeinado tem cheiro e gosto semelhantes aos do café sem
ser café, minha persona na rede, o "você" que vejo lá, é sempre um "eu" descafeinado. Por
outro lado, existe também o excesso oposto, e muito mais perturbador: o excedente de minha
persona virtual com relação ao meu "eu" real. Nossa identidade social, a pessoa que
presumimos ser em nosso intercurso social, já é uma máscara, já envolve a repressão de
nossos impulsos inadmissíveis, e é precisamente nessas condições de "só uma brincadeira",
quando as regras que regulam os intercâmbios de nossas vidas reais estão temporariamente
suspensas, que podemos nos permitir a exibição dessas atitudes reprimidas.
Basta lembrar do mitológico sujeito tímido e impotente que, participando de um jogo virtual
interativo, adota a identidade de um assassino sádico e sedutor irresistível. Seria simples
demais afirmar que essa identidade é apenas um suplemento imaginário, uma fuga temporária
de sua impotência na vida real. Na verdade, o que importa é que, porque ele sabe que o jogo
virtual é "apenas um jogo", ele se sente capaz de exibir "seu eu real", fazer coisas que nunca
fez em interações reais -sob a capa de uma ficção, a verdade sobre ele se articula.
O fato mesmo de que eu perceba minha auto-imagem virtual como simples brincadeira me
permite, assim, suspender os obstáculos que usualmente impedem que eu realize meu "lado
escuro" na vida real -meu "id eletrônico" ganha asas, dessa forma. E o mesmo se aplica aos
meus parceiros na comunicação via ciberespaço. Não há como ter certeza de quem sejam, de
que sejam "realmente" como se descrevem, ou de saber se existe uma pessoa "real" por trás
da persona on-line. A persona on-line é uma máscara para uma multiplicidade de pessoas? A
pessoa "real" com quem converso possui e manipula mais personas no computador, ou estou
simplesmente me relacionando com uma entidade digitalizada que não representa pessoa
"real" alguma?

Existência sublimada

Para resumir, "interface" quer dizer exatamente que minha relação com o outro nunca acontece
face a face, que sempre há a mediação de uma maquinaria digital interposta cuja estrutura é
labiríntica: eu "navego", eu me perco sem muito rumo nesse espaço infinito onde mensagens
circulam livremente sem destino fixo, enquanto seu Todo -esse imenso circuito de murmúrioscontinua
para sempre além do escopo de minha compreensão. O obverso da democracia
direta do ciberespaço é essa caótica e impenetrável magnitude de mensagens e seus circuitos,
que nem mesmo o maior esforço de minha imaginação é capaz de compreender -o filósofo
Immanuel Kant [1724-1804] teria classificado o ciberespaço como "sublime".
Pouco mais de uma década atrás, havia um brilhante comercial inglês de cerveja. A primeira
parte reproduzia a conhecida história de uma moça que caminha ao longo de um riacho, vê um
sapo, o toma nas mãos e beija, e o sapo miraculosamente se transforma em príncipe. Mas a
história não acabava assim. O jovem olhava a moça de um jeito cobiçoso, a tomava nos
braços, a beijava e ela se transformava em uma garrafa de cerveja, que ele exibia em um gesto
triunfante.

Assombração na rede

A moça fantasiava sobre um sapo que na verdade era príncipe, o rapaz sobre uma moça que
na verdade era uma garrafa de cerveja: para a mulher, seu amor e afeto (sinalizado pelo beijo)
poderiam fazer de um sapo um príncipe, enquanto para o homem, tudo não passa de um
esforço para reduzir a mulher ao que os psicanalistas designam como "objeto parcial" -aquilo
que, em você, me faz desejar você (é claro que um argumento feminista óbvio seria que as
mulheres, em sua experiência amorosa cotidiana, em geral experimentam a passagem oposta:
beijam um belo jovem e, quando o vêem de perto, ou seja, tarde demais, descobrem que ele é
um sapo...).
O casal real de homem e mulher, portanto, vive assombrado por essa bizarra figura de um
sapo abraçando uma garrafa de cerveja. O que a arte moderna propicia é exatamente esse
espectro subjacente. É perfeitamente possível imaginar um quadro do pintor surrealista
Magritte no qual um sapo abraça uma garrafa de cerveja, com um título como "Homem e
Mulher" ou "Casal Ideal" (a associação com a famosa cena surrealista do burro morto ao piano
[do filme "O Cão Andaluz"] fica completamente justificada, nesse caso).
É essa a ameaça do ciberespaço e de seus jogos, no plano mais elementar: quando um
homem e uma mulher interagem nele, podem se ver assombrados pelo espectro do sapo que
abraça a cerveja. Já que nenhum dos dois está consciente disso, as discrepâncias entre o que
"você" realmente é e o que "você" aparenta ser no espaço digital podem resultar em violência
homicida.

SLAVOJ ZIZEK é filósofo esloveno e autor de "Um Mapa da Ideologia" (Contraponto). Ele escreve na
seção "Autores", do Mais!.
Tradução de Paulo Migliacci.

METEOROLOGIA POLAR: ENTENDENDO OS IMPACTOS GLOBAIS

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DIA METEOROLÓGICO MUNDIAL - 2007
“METEOROLOGIA POLAR: ENTENDENDO OS IMPACTOS GLOBAIS”

Mensagem do Sr. M. Jarraud, Secretário Geral da OMM
Tradução de Dimitrie Nechet, Professor da UFPA

Todos os anos, no dia 23 março, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), os seus
187 países membros e a comunidade meteorológica mundial celebram o Dia Meteorológico
Mundial. Neste Dia comemora-se a entrada, oficialmente, em 1950, da Convenção da
OMM, criando a Organização. Subseqüentemente, em 1951, a OMM foi designada como
uma agência especializada do Sistema das Nações Unidas.
Em 2005, por ocasião de sua Sessão de número 57, o Conselho Executivo da OMM decidiu
que o tema para o ano de 2007 seria “Meteorologia Polar: Entendendo os Impactos
Globais”, em reconhecimento à importância do Ano Polar Internacional de 2007-2008, e
como uma contribuição para esse ano, que está sendo patrocinado pela OMM e pelo
Conselho Internacional para a Ciência (ICSU). Para assegurar que os pesquisadores possam
trabalhar em ambas as regiões polares durante os meses de verão e de inverno o evento, na
verdade, será mantido de março de 2007 a março de 2009. O objetivo fundamental do Ano
Polar Internacional é um intenso trabalho de coordenação internacional, pesquisa científica
interdisciplinar e observações focalizadas nas regiões polares da Terra e os seus efeitos
globais de longo alcance.
Em recentes anos, houve interesse renovado no clima e as nas condições ambientais das
regiões polares que têm alguns antecedentes históricos importantes, já que essas regiões
tradicionalmente desempenharam um papel decisivo nas atividades da OMM e nas
atividades da Organização que a antecedeu, a Organização Meteorológico Internacional
(OMI). Em 1879, o Segundo Congresso Meteorológico aprovou o conceito de um Ano
Polar Internacional, que foi mantido em 1882-1883. O segundo Ano Polar Internacional
que também foi iniciado pela OMI aconteceu em 1932-1933. O sucesso do primeiro e do
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segundo Ano Polar Internacional conduziu ao desenvolvimento de um Ano Geofísico
Internacional mais amplo, estendendo-se para englobar as latitudes mais baixas em lugar
de, simplesmente, um novo Ano Polar Internacional. Esse Ano Geofísico Internacional, que
durou de 1 de julho de 1957 a 31 de dezembro de 1958, teve conseqüências de longo prazo
em termos de pesquisas científicas pelo envolvimento de 80000 cientistas de 67 países.
Através dos Serviços Nacionais de Meteorologia e Hidrologia e de outras instituições de
seus países membros, a OMM estará fazendo contribuições significativas ao novo Ano
Polar Internacional nas áreas de meteorologia polar, oceanografia, glaciologia e hidrologia,
em termos de pesquisa científica e de observações. Outra contribuição essencial para o Ano
Polar Internacional será fornecido pelo Programa Espacial da OMM. Afinal de contas, os
resultados científicos e operacionais do Ano Polar Internacional oferecerão benefícios a
vários Programas da OMM, gerando conjuntos completos de dados e conhecimento
científico de órgãos oficiais para assegurar desenvolvimento adicional de monitoramento
ambiental e previsão de sistemas, incluindo a previsão de tempo severo. Além disso,
fornecerá valiosas contribuições na avaliação de mudança de clima e de seus impactos, em
particular se as redes de observação forem estabelecidas ou melhoradas durante o período
do Ano Polar Internacional para poderem ser mantidas, por muitos anos, de modo
operacional.
Até agora as observações meteorológicas locais envolvidas nas regiões polares são áreas
menos densas de cobertura na Terra. Assim, a meteorologia polar tem-se baseado
extensivamente nos satélites de órbita polar. Dados anteriores de satélite meteorológicos
obtidos destas regiões consistiram, principalmente, de imagem dos espectros visível e
infravermelho, mas em recentes anos uma gama muito mais ampla de produtos de
instrumentos com microonda ativos e passivos tornaram-se disponíveis, permitindo em
particular a determinação de perfis verticais de temperatura e de umidade até mesmo
durante condições atmosféricas nubladas, bem como de ventos, da extensão e da
concentração de gelo marítimo e vários outros parâmetros. Além disso, esta falta relativa de
observações no local, também foi compensada parcialmente pelo desenvolvimento de
estações meteorológicas automáticas e de bóias fixas e à deriva no gelo.
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Embora as regiões polares sejam, geralmente, distantes de zonas amplamente povoadas, há
uma grande necessidade de previsões de tempo confiáveis nessas áreas. No Ártico, são
necessárias previsões para a proteção de comunidades indígenas e para apoiar operações
marítimas, como também para a exploração e produção de óleo e gás. Na Antártica, são
necessárias previsões confiáveis para as operações complexas de logística marítimas e
aéreas, como também em defesa de programas de pesquisa científica e pela expansão da
indústria de turismo. A previsão do tempo em todas as partes do mundo apresenta alguns
desafios únicos quando comparado às regiões extra-polares, mas os avanços notáveis que
ocorreram durante os anos recentes em termos de sistemas de observações e previsão
numérica do tempo, resultaram em melhoria considerável na habilidade de previsões do
tempo, incluindo essas regiões polares.
Durante as últimas décadas, foram descobertas mudanças significativas no ambiente polar,
como uma diminuição no gelo perene do mar, o derretimento de algumas geleiras e dos
solos permanentemente gelados e uma diminuição de gelo de rio e de lago. Estas mudanças
que são até mesmo mais evidentes no Ártico do que na Antártica estiveram sujeitas a
consideráveis estudos. O Terceiro Relatório de Avaliação da OMM de 2001, com o
patrocínio do Painel Intergovernamental em Mudança de Clima (IPCC), indica que a
temperatura média da superfície global da Terra aumentou aproximadamente 0,6°C durante
o Século 20. Além disso, o Relatório fez estimativa que a temperatura média global da
superfície estaria subindo de 1,4 oC a 5,8oC no período de 1990 a 2100. No total, o IPCC
estimou que pelo ano de 2100 o nível do mar terá aumentado entre 9 cm e 88 cm, que
causaria um problema muito significativo para muitos Estados em Desenvolvimento de
Pequenas Ilhas e, em geral, para áreas de baixadas do mundo. Atualmente o IPCC está no
processo de preparação do seu Quarto Relatório de Avaliação, que será divulgado durante o
ano de 2007.
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A diminuição do gelo marítimo poderia induzir à mudanças sérias em ecossistemas
marinhos, afetando mamíferos marinhos e as vastas populações de krill (espécie de
camarão da Antártica), que alimentam inúmeras aves marinhas, focas e baleias. O solo
permanentemente gelado também é sensível ao aquecimento atmosférico a longo prazo e,
assim, é provável ter um descongelamento progressivo nas superfícies congeladas ao redor
do Ártico, acompanhado pela expansão de superfícies molhadas e o potencial para um dano
considerável para o suporte de edificações e da infra-estrutura. Este derretimento também
teria implicações para o ciclo de carbono através da liberação de um dos gases de estufa
mais importantes, o metano, que é mantido dentro do solo permanentemente gelado.
O ozônio é um gás estratosférico extremamente importante já que ele protege a biosfera
absorvendo radiação solar ultravioleta. O ozônio atmosférico foi medido pela primeira vez
na Antártica através de instrumentos instalados na superfície durante o Ano Polar
Internacional de 1957-1958. Desde meados de1970, um padrão diferente foi descoberto ao
término de invernos do Hemisfério Sul, quando um aumento de valores mais baixos de
ozônio foi consecutivamente medido a cada ano até o início do aquecimento de primavera
na estratosfera. Assim, a descoberta do buraco de ozônio da Antártica foi uma
conseqüência importante do Ano Polar Internacional. Foi finalmente determinado que o
"buraco" desenvolveu-se em grande parte, como resultado de emissões de alguns gases
industriais extensivamente usados. Contudo, seguindo medidas adotadas como resposta,
parece estar agora se estabilizando. Se as providências do Protocolo de 1987 nas
substâncias que destroem a Camada de Ozônio forem adotadas, calcula-se que a camada de
ozônio em latitudes médias estará recuperando seus valores normais em meados do atual
século, e que na Antártica essa recuperação exigirá uns 15 anos adicionais.
Contudo, apesar da importância que o estudo da meteorologia polar pode, por si só, é
impossível enfatizar os impactos fundamentais das regiões polares no sistema de clima
global como um todo. As mudanças nas latitudes mais altas podem ter impactos
significativos em todos os ecossistemas e em todas as sociedades humanas, independente
da latitude geográfica. Assim, os impactos da Meteorologia Polar devem ser considerados
dentro de um contexto mais amplo.
5
Realmente, há numerosos exemplos de influências globais das consequências polares. Por
exemplo, gelo polar constitui uma efetiva capa térmica que desempenha um papel crítico na
manutenção da circulação oceânica global. Além disso, as regiões polares têm um papel
primordial na determinação do sistema de clima global, que é guiada pela energia recebida
do Sol, principalmente nas latitudes mais baixas. Como um todo, o equador recebe durante
o ano aproximadamente cinco vezes mais energia calorífica do que os pólos, e a atmosfera
e os oceanos respondem a esse grande gradiente térmico transportando esse calor para os
pólos. Assim, essas duas regiões polares são unidas ao resto do sistema de clima da Terra
por caminhos bastante complexos, baseado em combinações de escoamento atmosférico e
circulação oceânica.
O El Niño-Oscilação do Sul (ENOS) constitui a maior flutuação de massa no Oceano
Pacífico Tropical, associado com variações periódicas nas temperaturas da superfície do
mar do leste do Oceano Pacífico. O ENOS é na realidade um grande ciclo climático e tem
sido mostrado que afeta outras regiões, mesmo distantes da bacia do Pacífico. Por exemplo,
evidências estatísticas mostram que em certas partes da África o ENOS pode contribuir
para a variação das chuvas interanuais e até mesmo para a seca, como na realidade ocorreu
com o evento El Niño de 1991-1992 quando um episódio de seca devastadora ameaçou em
torno de 18 milhões de pessoas com a fome. As "teleconexões" são definidas como
interações atmosféricas entre regiões muito distantes e atualmente os pesquisadores estão
investigando tais relações entre as condições de tempo polares e outros eventos de tempo e
clima.
Assim, o Ano Polar Internacional de 2007-2008 está endereçado a uma gama extensa de
assuntos físicos, biológicos e sociais, direta ou indiretamente relacionados às regiões
polares. A urgência e a complexidade das mudanças observadas nas regiões polares
exigirão uma estratégia científica mais ampla e integrada. A colaboração internacional
aumentada e as sociedades abertas resultantes desse marco e do esforço científico sem
nenhuma dúvida estimulam e facilitam o acesso irrestrito de dados e iniciativas de
pesquisas entrelaçadas. Através de um amplo esforço, o Ano Polar Internacional
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representará também um passo adiante na disponibilidade de conhecimento científico com
acesso ao público geral. Ao mesmo tempo, a preocupação principal será o fato que os
impactos derivados das regiões polares também são importantes para o sistema climático
global como um todo, de modo que muitas mudanças detectadas nas latitudes mais altas
também terão impactos significativos no desempenho sustentável de todas as sociedades,
independente da latitude geográfica.
A Meteorologia sempre foi reconhecida como um paradigma de uma ciência sem fronteiras
e a Meteorologia Polar é, talvez, o último exemplo deste princípio. Assim, quando a
comunidade meteorológica internacional celebra o Dia Meteorológico Mundial em 2007, é
meu desejo que todos os países membros da OMM reconheçam a importância da
Meteorologia Polar e de seus potenciais impactos globais nas suas vidas, na sua segurança e
na sua prosperidade. Além disso, também é minha expectativa que os resultados desse
esforço possam contribuir para um melhor entendimento da variabilidade e da mudança de
clima, como também para o desenvolvimento e disponibilidade de muitas aplicações
necessárias do clima, um dos maiores desafios do Século 21.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Auto-imagem e auto-estima

Talvez uma das faces mais perversas do desemprego é o efeito que ele tem sobre a auto-estima das pessoas. Para muitos estar desempregado não significa apenas estar angustiado com o futuro, com a possibilidade de não conseguir honrar seus compromissos, mas principalmente estar absorto numa sensação de fracasso, de prostração, que enfraquece a auto-estima da pessoa.

E o enfraquecimento da auto estima também interfere na auto-imagem da pessoa, ai cria-se um circulo vicioso, pois a pessoa passa a demonstrar isto em seu semblante e passa a transmitir isto para as pessoas que coordenam os processos admissionais das empresas.

http://www.marciobamberg.com.br/portal_conteudo_pitada_fernando_01.html

Fonte: http://www.marciobamberg.com.br/portal_conteudo_colunistas.html

Beleza e Empregabilidade

Não há como negar, mesmo que possa parecer preconceito, e que as pessoas tenham muito mais qualidades, a apresentação pessoal de uma pessoa, sua beleza por assim dizer, ainda conta muitos pontos na hora de uma contratação e até mesmo na hora de uma promoção.As empresas gostam de associar seus nomes a pessoas que tenham “boa aparência” e aspecto de vencedores, a embalagem dos produtos conta muito na hora de uma venda, como todos nós sabemos.Mas que atitudes você pode tomar a partir de hoje para ganhara alguns pontos neste quesito de avaliação?

Fonte: http://clinicafb.blogspot.com/2007/04/beleza-e-empregabilidade-no-h-como.html

domingo, 24 de agosto de 2008

Introdução à Toxicologia de Insetos- IRAC

Talvez o grande desafio no presente momento está na implementação destas estratégias em diversos ecossistemas. As dificuldades na implementação de estratégias de manejo da resistência envolvem: (a) necessidade de um esforço conjunto entre agricultores, indústrias químicas e pesquisadores, (b) realização de experimentos em larga escala e por um período prolongado, (c) alta mobilidade de algumas espécies de praga, necessitando assim de uma cooperação a nível regional, e (d) regulamentação de uso de pesticidas (Roush 1989, Croft 1990, Denholm & Rolland 1992, Dennehy & Omoto 1994, Omoto et al. 1995)
Avanços recentes na área de manejo da resistência de pragas a pesticidas no Brasil estão ligados com a formação de pesquisadores especializados em diversas instituições de pesquisa e ensino (EMBRAPA, Instituto Biológico, IAC, UFV, ESALQ, e outros) e a formação de um Comitê Brasileiro de Ação a Resistência a Inseticidas (IRAC/Brasil - "Insecticide Resistance Action Committee") em 1997, o qual é composto atualmente por representantes de 15 indústrias químicas.

LINKS - SITES DE INTERESSE

Aenda - Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas
Agrofit - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
Andav - Associação Nacional dos Distrib. Defensivos Agrícolas e Veterinários
Andef - Associação Nacional de Defesa Vegetal
Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APSNet - The American Phytopathological Society
FRAC-BRASIL - Comite de Ação de Resistência a Fungicidas
FRAC Internacional - The Fungicide Resistance Action Committee
GPF - Grupo Paulista de Fitopatologia
HRAC-Brasil - Comitê de Ação de Resistência a Herbicidas
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Rec. Naturais Renováveis
IRAC Internacional - The Insecticide Resistance Action Committee
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento http://www.agricultura.gov.br/
SBF - Sociedade Brasileira de Fitopatologia
SEB - Sociedade Entomológica do Brasil http://www.seb.org.br/informativo/index.html
SINDAG - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola
SABIO - Instituto Biológico de São Paulo

Fonte: http://www.irac-br.org.br/SlideIn/sld001.htm

Como os inseticidas funcionam?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Recursos Humanos

http://www.sato.adm.br/relats/rec_humanos.htm

http://www.jornaldoestagiario.com.br/

http://www.ifd.com.br/blog/2006/12/16/site-de-vagas/

CONTRATOS DE TRABALHO

PARTE I. Contrato de trabalho com vínculo empregatício

1. EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO DE EMPREGO

Inicialmente vamos tratar de quando ocorre a relação de emprego (vínculo empregatício)
e o registro do empregado se faz obrigatório.
Comecemos por citar a seguinte situação:
Caso necessite contratar uma pessoa para cumprir suas ordens para executar tarefas
que você lhe atribui, instruindo sobre a forma de realizá-las, exigir cumprimento de
horários e seu comparecimento continuamente no local de trabalho mediante o pagamento
denominado salário, numa autêntica relação vivenciada por patrão/empregado,
em que um manda e outro executa as ordens, estará estabelecida a relação de emprego
(vínculo empregatício) entre empregado e empregador. Neste caso, o registro do empregado
é obrigatório.

FONTE:
http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/E6481C98BA476CE5032571420066DE44/$File/contrato_trabalho_2.pdf

domingo, 17 de agosto de 2008

O juiz, o consumo de bebida alcoólica e os crimes de trânsito

. Introdução

Este artigo tem por objetivo apresentar sugestão para um melhor gerenciamento judicial diante das implacáveis estatísticas dos crimes de trânsito em nosso país. Pelos levantamentos, constata-se que a bebida alcoólica é a inseparável companheira do motorista brasileiro - especialmente nos finais de semana e feriados -, funcionando como verdadeira actio libera in causa na consecução dos crimes de dano de trânsito, isto é, homicídios e lesões corporais. E não se pode olvidar que os crimes de perigo, mormente o de embriaguez ao volante (CTB, art. 306), funcionam como crimes de passagem para aqueles citados acima.

Por



JAYME WALMER DE FREITASJuiz Diretor da Turma Recursal Criminal dos Juizados Especiais Criminais em Sorocaba/SP, Mestre em Processo Penal pela PUCSP e Coordenador Pedagógico do Curso Anglo Triumphus

Fonte: http://www.saraivajur.com.br/doutrinaArtigosDetalhe.cfm?doutrina=1055

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Modernidade líquida, comunicação concentrada

Por Caio Túlio Costa em 20/10/2005

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?msg=ok&cod=351IPB012&#c

Excertos de paper intitulado "Modernidade líquida, comunicação concentrada", a ser publicado integralmente na próxima edição da Revista USP (nº 66, no prelo); texto citado no programa Observatório da Imprensa na TV (nº 349, 18/10/05) pela professora Marilena Chaui, em sua análise sobre os processos de construção da notícia [ver remissão no pé desta página.


CRISE POLÍTICA

Marilena Chaui
em 21/9/2005

"‘A mídia diz: somos onipotentes e fazemos seu silêncio falar’ ", copyright Folha de S. Paulo, 21/09/05

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=347ASP012